Bem Nítido
sábado, 5 de julho de 2014
A história do papel
No século II, o papiro fazia tanto sucesso entre os gregos e os romanos, que os mandatários do Egito decidiram proibir a sua exportação, temendo a escassez do produto.
Isso disparou a corrida atrás de outros materiais.
E o tecido, naqueles tempos antigos, podia sair tão caro como uma pedra preciosa.
Provavelmente, o papel já existia na China desde o século II a.C., como indicam os restos num túmulo, na província de Shensi.
Mas o facto é que somente no ano 105, o oficial da corte T'sai Lun anunciou ao imperador a sua invenção. Tratava-se, afinal, de um material muito mais barato do que a seda, preparado sobre uma tela de pano esticada por uma armação de bambu. Nessa superfície, vertia-se uma mistura aquosa de fibras maceradas de redes de pescar e cascas de árvores. No ano 750, dois artesãos da China foram aprisionados pelos árabes, na antiga cidade de Samarkanda, aos pés das montanhas do Turquistão.
A liberdade só lhes seria devolvida com uma condição - se eles ensinassem a fabricar o papel, que assim iniciou a sua viagem pelo mundo. No século X, foram construídos moinhos papeleiros em Córdoba, Espanha.
Os italianos da cidade de Fabriano começaram a fabricar papel, em 1268, à base de fibras de algodão e de linho, além de cola - substância que, ao envolver as fibras, tornava-as mais resistentes às penas metálicas com que escreviam os europeus. Quanto ao preço, no entanto, papel e pergaminho empatavam, pois era muito difícil conseguir roupas velhas para extrair a celulose.
O algodão demorou até ser substituído.
Apenas em 1719, o entomologista René de Réaumur (1683-1757) sugeriu trocá-lo pela madeira.
Ele observou vespas a construir ninhos com uma pasta feita a partir da mastigação de minúsculos pedaços de troncos.
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Obras de arte feita com papel cortado
O lápis mais antigo do mundo
Este objeto incomum foi encontrado em meio ao entulho de uma casa do século 17 que estava sendo reformada. Evidentemente um carpinteiro o esqueceu lá e ele, provavelmente, lá permaneceu, despercebido, por três séculos.
O lápis é feito com dois pedaços de madeira de tília e um pedaço de grafite puro entre eles, como um sanduíche, e apresenta sinais de uso que confirmam sua interessantíssima era. O mais antigo exemplar sobrevivente de um lápis de madeira de todo o mundo é agora preservado pela Faber-Castell.
Na época em que este instrumento de escrita foi fabricado, os lápis eram uma invenção relativamente nova. Se a estória é verdadeira, pastores do Cumberland se depararam com um depósito de grafite, que erroneamente acreditaram ser chumbo virgem. A substância "que parecia chumbo" provou ser muito melhor para escrever e desenhar do que o duro chumbo metálico e também mais prática do que a pena e a tinta. Assim, seu uso se disseminou rapidamente.
Originalmente, as varetas de grafite foram revestidas com couro ou papel ou envolvidas em cordão. Mais tarde foram colocadas dentro de envoltórios de madeira ou metal para protegê-las. Então tiveram a idéia de recobri-las totalmente em madeira colada.
Assim nasceu o lápis e, com ele, a marca de seu fabricante.
O lápis é feito com dois pedaços de madeira de tília e um pedaço de grafite puro entre eles, como um sanduíche, e apresenta sinais de uso que confirmam sua interessantíssima era. O mais antigo exemplar sobrevivente de um lápis de madeira de todo o mundo é agora preservado pela Faber-Castell.
Originalmente, as varetas de grafite foram revestidas com couro ou papel ou envolvidas em cordão. Mais tarde foram colocadas dentro de envoltórios de madeira ou metal para protegê-las. Então tiveram a idéia de recobri-las totalmente em madeira colada.
Assim nasceu o lápis e, com ele, a marca de seu fabricante.
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